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Sem coração

  • Foto do escritor: Jhenifer Souza
    Jhenifer Souza
  • 17 de fev. de 2021
  • 2 min de leitura

Gosto muito desses recontos que vários autores estão escrevendo ultimamente, ano passado li um sobre a Ursula (A Bruxa do Mar, tem resenha aqui) antes de se tornar a vilã que conhecemos em A Pequena Sereia.

Em Sem Coração, vamos conhecer o passado da Rainha de Copas, quando ela era apenas uma garota chamada Catherine, filha de um marquês, que sonhava em abrir sua própria doceria.

O livro já começa falando de comida (torta de limão, principalmente, e eu aaamo) e o quanto a Cath sabe fazer doces de forma impecável que encanta imensamente o rei que deseja se casar com ela.

Quase todos os personagens de Alice estão presentes e foi maravilhoso acompanhá-los tantos anos antes, quando o País das Maravilhas ainda não era o que conhecíamos até então. Há alguns novos personagens também, em especial um que me deixou fascinada, o Jest, Coringa do rei. Gostei demais das interações dele com a Cath.

A narrativa possui uma linguagem mais formal nas falas dos personagens, o que deixou a história ainda mais especial e contextualizou o convívio das pessoas que vivem por lá.

Por saber o final dessa história, fiquei tensa o tempo todo, pensando em que momento as coisas dariam errado e de que forma, mas ainda assim torcia para que fosse diferente, afinal a Cath e a vilã que ela se torna são muito distintas. O momento em que o título do livro faz sentido é deliciosamente memorável.


"O mundo girou de novo, mas desta vez de um jeito delicioso que parava o tempo."


"É perigoso não acreditar em uma coisa só porque provoca medo."


"Fascinante, não é, a frequência com que heroico e tolo acabam virando a mesma coisa."


"E era peculiar esse instinto de guardar segredo. Nunca na vida ela escondeu nada de Mary Ann. Mas a rosa parecia uma mensagem sussurrada, um olhar silenciado por uma sala lotada. Uma coisa preciosa que não devia ser compartilhada. Uma coisa que ela achava que a prática Mary Ann não entenderia."


"Isso implicaria que damos nossos corações por vontade nossa, e não tenho tanta certeza de que seja o caso."


"Obrigada - murmurou ela, torcendo para ele saber que não era só por ajudá-la a subir a árvore e passar pela janela. Torcendo para ele saber que era por tudo. A emoção, as gargalhadas, os segredos que ele contou."


"Os sorrisos de estranhos que eram cegos demais para ver a frustração por trás do rosto bonito, das roupas bonitas e da vida bonita..."


"Às vezes seu coração é a única coisa que vale a pena ouvir."


"Eu não quero que seu coração pertença a mais ninguém além de mim."


"Ele veio aqui pretendendo levar seu coração, mas ficou claro desde a noite em que a trouxe para o chá que era ele que ia perder o dele."



Jhenifer Souza

 
 
 

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