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Rainha do Ar e da Escuridão

  • Foto do escritor: Jhenifer Souza
    Jhenifer Souza
  • 26 de abr. de 2019
  • 4 min de leitura

A conclusão da trilogia amada (na minha opinião, a segunda melhor série da Cassandra, o primeiro lugar fica com As Peças Infernais, que eu li em 2014, e sou absolutamente apaixonada) e tão esperada que conta a história de Emma Carstairs, Julian Blackthorn e sua família. Caso não tenha lido ainda, informo que tem spoilers. Confesso que eu me preparei para um final beeeem sangrento (assim como estou me preparando para muitas mortes de personagens queridos em Vingadores Ultimato e Game of Thrones), mas o fato disso não ter acontecido, não me deixou decepcionada, muito pelo contrário, na verdade, pois eu queria muito que eles pudessem, finalmente, ter paz. A paz a Cassandra ficou devendo (ninguém mandou nascer caçador de sombras), mas pelo menos eles resolveram o pior, por ora. Emma e Julian se tratam de um casal que eu sempre torci muito e sofri junto com eles em cada momento em que tudo parecia impossível. Fico tão feliz por terem conseguido uma forma de ficar juntos (apesar da perda da ligação Parabatai para que isso pudesse acontecer) e, ao mesmo tempo, com a família. (E sobre a cena em que eles estão gigantes, meudeusdocéu, que coisa mais extraordinária, principalmente quando todos os Blackthorns e amigos começam a falar com eles e contar histórias para que voltem a si). O plot da Cristina, Mark e Kieran não poderia ter sido melhor, eu amei cada interação deles e torci muito para que se entendessem. E um casal lindo que eu torço muito para que se resolva em futuras histórias da autora é Ty e Kit que deixou o meu coração em frangalhos com aquele desfecho. Toda a tentativa de trazer a Livvy de volta foi angustiante e encontrá-la em Thule também foi, porém foi, ainda, extremamente prazeroso saber que lá ela estava viva e era uma líder. Aliás, toda a parte de Thule foi imensamente maravilhosa, tudo o que aconteceu por lá e como as coisas poderiam ter sido caso a Clary tivesse morrido no mundo normal. No geral, foi um ótimo desfecho, misturando os queridinhos antigos com os que conhecemos nesta trilogia. Mais uma vez, a autora não decepcionou e nos apresentou personagens apaixonantes e dignos de nossa admiração.

Nem preciso falar que todas as vezes que o Jem e Tessa apareceram, eu quase tive um surto de emoção (para quem não sabe, o Jem Carstairs é o meu personagem favorito de todo o universo da Cassandra Clare). Para as pessoas que leram ou estão lendo a série Os Instrumentos Mortais (primeira escrita e lançada pela Cassie) e não estão gostando ou abandonaram, eu quero dizer que entendo e vejo que realmente a série é muito inferior comparado às obras que ela publicou posteriormente (analisando que As Peças Infernais e agora Os Artifícios das Trevas são infinitamente melhores, pude ver que ela amadureceu muito a escrita, a narração e desenvolvimento de personagens). Seria legal que vocês dessem uma chance para essas outras duas trilogias que, apesar de terem alguns easter eggs com a primeira série, dá para entender tudo perfeitamente se lido somente as duas trilogias.



"Jia estava pedindo que ela abrisse mão de um pedaço de si. Mas Julian estava lá, sozinho, arrasado, encharcado de sangue. E nele havia um pedaço maior dela do que Cortana tinha. Emma entregou a espada e, ao senti-la escapando de suas mãos, o corpo todo se retesou. Ela quase acreditou ter ouvido Cortana gritando ao ser separada dela." "Será que Ty se lembrava do que tinha acontecido? O que seria pior: lembrar ou não?" "Chorar não nos torna mais fracos. Nos torna humanos. Como você poderia confortar Dru, Ty ou Jules se desconhecesse os motivos para a saudade deles quando pensarem na irmã?" "Uma vez um sábio me disse que não podemos compreender a vida e, portanto, não podemos ter esperança de compreender a morte." "Acho que essas coisas são um consolo. Acho que permitem que nossas almas se despeçam." "Da mesma forma que temos uma capacidade infinita de cometer erros, temos também uma capacidade infinita de perdoar. Às vezes, a coisa mais corajosa que você pode fazer é confrontar suas próprias falhas." "É isso que eu gosto em você. O modo como você nota tudo. Nada passa batido. Nada - nem ninguém - passa em branco." "A tristeza podia ser como um lobo rasgando suas entranhas e você faria qualquer coisa para impedir tal sensação." "Eu não sou eu mesmo sem você, Emma. Depois que você dissolvr tinta na água, não tem como desfazer. É assim. Não tenho como tirar você de mim. Significa arrancar meu coração, e eu não gosto de mim sem meu coração. Sei disso agora." "Enquanto você existir e eu existir, eu vou te amar." "Um pedaço de seu coração sempre estaria aqui, em Thule, com Livvy." "E quando as pessoas sentiam medo, elas se submetiam a qualquer coisa caso achassem que isto lhes traria segurança outra vez." "As pessoas eram feitas de diversos pedacinhos diferentes. Partes engraçadas, partes românticas, partes egoístas e partes corajosas. Às vezes você só enxergava algumas. Talvez, quando visse todas, é que percebesse que conhecia alguém muito bem."



"Julian calmo e silencioso, Emma reagindo a cada palavra com olhos arregalados ou mordidas no lábio. Eles sempre foram assim: Emma expressava o que Julian não conseguia ou não fazia. Tão parecidos e tão diferentes." "Somos todos culpados. Portanto todos votaremos, como um lembrete de que todas as vozes são importantes, e quando você opta por não usar a sua, está se permitindo ser silenciado." "No precipício de tudo, amor e fé sempre me trouxeram de volta, e de volta para você."


Jhenifer Souza

 
 
 

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