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Os meninos que enganavam nazistas

  • Foto do escritor: Jhenifer Souza
    Jhenifer Souza
  • 13 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Esse livro incrível conta a história de dois irmãos franceses e judeus, Maurice e Joseph (autor e narrador da história), durante o período da Segunda Guerra Mundial. Eles precisam se separar de seus pais e praticamente atravessar o país para que não sejam pegos pelos nazistas. Durante o percurso, encontram pessoas que o ajudam, mas também pessoas más e precisam lidar com elas. Apesar de serem crianças, eles possuem uma esperteza gigantesca (até mesmo malandra rs) e a utilizam para que sobrevivam e cheguem ao destino que seus pais pediram que fossem. O amor entre irmãos é a coisa mais fantástica que vocês vão encontrar nessa obra. Não sou fã de capas com o pôster do filme, vocês sabem, mas dessa eu gostei muito.

"Um irmão é alguém que devolve a última bolinha que acabou de ganhar de você." "Noto que Maurice está mais comovido do que eu. Com ele é assim, podem moê-lo de pauladas sem lhe arrancar uma lágrima, mas basta um gesto gentil para deixá-lo emocionado. E o gesto do padre tinha sido mais do que gentil." "Vi muitos filmes desde então, alguns muito feios, outros muito bonitos, alguns cômicos, outros comoventes, mas nunca mais fiquei tão maravilhado quanto naquela manhã. Os estudiosos do cinema hitleriano deveriam considerar isto: a produção nazista foi capaz de fabricar uma obra que encantou completamente dois meninos judeus.

A propaganda faz coisas..." "É sempre quando vamos embora que nos damos conta de que nos apegamos às coisas." "Talvez tenha acreditado sair da guerra ileso, até agora, mas talvez esteja redondamente enganado. Não tiraram minha vida, mas fizeram pior: roubaram minha infância, mataram em mim o menino que eu podia ser... Talvez tenha me tornado duro demais, cruel demais; quando prenderam meu pai, nem sequer chorei. Um ano atrás, teria aberto um berreiro." "Ironia do destino: você tinha um em casa, um autêntico judeu, e o que é pior, é esse judeu que vai salvar sua pele." "Existe ainda um outro tipo de medo: o medo que nos inspira aquilo que não conhecemos. Alguns dias atrás, eu estava num trem de periferia. Uma senhora, acompanhada por um menino de 6 ou 7 anos, se sentou ao meu lado. Na parada seguinte, subiu um negro, e o menino fez um movimento de recuo e soltou uma exclamação em que se misturavam o estupor e o medo. A senhora, constrangida, disse: “Senhor, por favor, desculpe o menino, é a primeira vez que ele vê um negro”. E o negro respondeu: “Não se preocupe... senti a mesma coisa a primeira vez que vi um branco”. "O que todos tinham contra mim? Ou tentavam quebrar minha cara, ou simplesmente faziam de conta que eu não existia."


Jhenifer Souza

 
 
 

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