O peso do pássaro morto
- Jhenifer Souza
- 18 de nov. de 2020
- 2 min de leitura

"É o nada absoluto que me soa como belo."
Esse livro acompanha quase que a vida toda dessa personagem (que não tem nome). Os nomes dos capítulos são a idade que ela tem naquele momento específico.
A autora trouxe uma narrativa única e significativa pra contar essa história, através de versos, com espaços diferentes do padrão e essas especificidades ajudam a desenvolver de forma ainda mais especial esse enredo.
Vi a live de discussão da Pam Gonçalves sobre ele, onde foi feito um comentário que me fez refletir muito, ela disse que a protagonista perde a vida ao longo da própria vida e não há descrição melhor que essa. A história é extremamente triste, pesada, nem sei se foi uma boa ideia ter lido nessa quarentena, mas, independente de qualquer coisa e, mesmo me deixando abalada, me fez remoê-la por muito tempo e aprender ainda mais.
Está disponível no Kindle Unlimited.
"Imaginar o mundo
deve ser mais bonito mesmo."
"e quando vamos muito aos lugares, eles começam a gostar da gente ao ponto de sentir saudade se ficarmos um tempo sem aparecer."
"Quando estamos vivos, muitas vezes também não escolhemos
mas tentamos."
"Ela só volta dentro de nós toda vez que alguém pensar nela."
"Não morre nunca, não a saudade, a saudade é amor e é dos vivos, estou falando da coisa viva que fica nos mortos, minha mãe chama de:
- alma."
"Entendendo que o tempo
sempre leva
as nossas coisas preferidas no mundo
e nos esquece aqui
olhando pra vida
sem elas."
"Não me importo que seja breve o nosso encontro.
Porque no tempo da minha memória somos pra sempre. Não existe morrer dentro, é como uma canção.
As canções não morrem nunca porque elas moram dentro das pessoas que gostam delas."
"Ser adulto por vezes não deixa a beleza das coisas entrar tão facilmente."
"Não ver alguém nunca mais por questões sentimentais doía menos do que não ver alguém nunca mais porque a pessoa deixou de existir."
Jhenifer Souza
Comments