top of page

Menina feita de estrelas

  • Foto do escritor: Jhenifer Souza
    Jhenifer Souza
  • 29 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Eu gostei tanto desse livro e ele me fez questionar e repensar sobre tantas coisas que furei a fila pra trazer essa resenha e recomendá-lo (porém, aviso que ele tem diversos gatilhos como: estupro e abuso).

É a segunda história que leio para o projeto do livro viajante e posso dizer que quero mais e mais, pois tem sido uma experiência ótima dividir essas leituras com outras pessoas e ver que pensamos coisas muito parecidas em determinadas cenas (de acordo com os comentários deixados) e é divertido que fica um diálogo gravado ali ❤.

Mara e Owen são irmãos gêmeos do signo de gêmeos (rs nem amo) que adoram subir no telhado para falar sobre constelações e contar histórias em meio às estrelas.

Após uma festa, Owen é acusado de estupro por Hannah, namorada dele e uma das melhores amigas da Mara. Ela não quer acreditar que seu irmão seja capaz disso, mas ao mesmo tempo sabe muito bem que sua amiga jamais mentiria sobre algo assim. A história se desenrola a partir disso.

Me coloquei no lugar da Mara em muitos momentos, tentando decidir o que faria se passasse por uma situação do tipo e é doloroso só de imaginar. O livro é extremamente angustiante, mas ensina muito.

A autora aborda muitos temas importantíssimos como consentimento, abuso, bissexualidade e assexualidade.


"Essa é uma cena que eu também conheço muito bem, toda a sua arrogância dando lugar a isso: meu irmão gêmeo contando histórias sob o céu estrelado."


"Não consigo parar de perguntar, preciso entender essa situação. Preciso que Owen me explique. Porque, sim, sei mesmo que o meu irmão jamais faria uma coisa dessas, mas também sei que Hannah jamais mentiria sobre uma coisa dessas."


"Comigo, ele é um menino feito de estrelas, delicado, leve e seguro. Sempre foi."


"Ser incrível em alguma coisa não significa que a gente é obrigado a fazer isso."


"E eu sabia que também gostava de meninas, mas também gostava de meninos, e levei um tempo para entender que poderia gostar dos dois de maneiras diferentes, por motivos diferentes, e que isso é uma coisa que realmente existe."


"As melhores mentiras são disfarçadas no meio de verdades incontestáveis."


"Eu gosto das histórias. De um acontecimento poder influenciar as próximas centenas de anos, de a gente poder simplesmente... conhecer essas vidas que foram vividas e como fomos transformados por elas."


"Não tem nada ver com coragem ou força. Tem a ver com não ter mais nada a perder."


"Eu nunca quis permitir que essa coisa fosse a nossa história."


"Fico observando Owen desmoronar, tudo o que ele provavelmente nunca vai dizer fica tão claro a cada soluço que sacode todo o seu corpo... Fico achando que vou desmoronar também, mas não sobrou nada. O meu rompimento já aconteceu. Quando, exatamente, não sei, mas sei que já acabou. Eu me sinto solta e à deriva.

Metade de uma constelação.

Porque esse menino que chora, sentado no chão, escondendo o rosto entre as mãos, envergonhado, silencioso e culpado, não é apenas Owen McHale.

É o meu irmão gêmeo."


"Certas partes de mim morreram. Outras ganharam vida, despertadas pela necessidade de lutar, de ter relevância, de ser ouvida. Certas partes estão cansadas; outras, com raiva; outras, ainda, de coração partido. Mas ainda sou eu."


Jhenifer Souza

 
 
 

Comentarios


Faça parte da lista de e-mails

  • Facebook
  • Instagram
  • Skoob
bottom of page