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IT, a Coisa

  • Foto do escritor: Jhenifer Souza
    Jhenifer Souza
  • 7 de fev. de 2019
  • 3 min de leitura

Finalmente FINALMENTE li o tão falado It, a Coisa. Agora entendo pq o elogiavam tanto. A construção dessa história é impecável, passei a conhecer Derry como se vivesse na cidade com a riqueza de detalhes que o autor compartilha conosco, os personagens viraram não só queridos para mim como também meus melhores amigos por todo o tempo que passei com eles. O clube dos otários é foda demais e todos os seus integrantes me encantaram de alguma forma. Bill com sua gagueira, seu jeito de líder nato e a necessidade de ter a aprovação e atenção dos seus pais. Eddie e sua asma, seu jeitinho maravilhoso que faz tudo pelos amigos, mesmo com medo. Stan com sua organização, limpeza, conhecimento sobre pássaros e que (também) enfrenta muitas coisas pelos amigos, apesar do medo e desespero. Mike e seu amor pela família, pelo conhecimento, um garoto extremamente especial e corajoso. Ben e seu amor por livros, sua solidão a princípio, seu caráter indiscutível e inteligência desde sempre. Richie foi o personagem do grupo que eu já amei de cara, quando comentaram seu apelido pela primeira vez (Boca de Lixo), já imaginei que viria um personagem maravilhoso kkk totalmente engraçado e maluco, morri de rir com ele em diversos momentos e, mesmo com suas piadas e brincadeiras fora de hora, não deixou de ser corajoso e leal para com os amigos. E, por último, Beverly, a única garota do grupo que obviamente me encantou de cara também, desde criança sofrendo diversos abusos nas mãos do pai e quando cresceu, não foi diferente com seu marido nojento. Senti que ela foi sexualizada em alguns momentos e, apesar de ainda estar pensando a respeito disso para formar uma opinião, muitas vezes não vi necessidade de descrever sua aparência, a roupa que usava e frisar o quanto era bonita (coisa que não acontecia tanto com os garotos). Gostei muito da história que o Stephen criou, mas tem uma cena específica que achei extremamente desnecessária e que envolve Beverly também. Não sei o que o autor quis dizer com aquilo, mas enfim. Tradução perfeita da Regiane Winarski (quando eu crescer, quero ser igual você haha).

"Às vezes, o lar é onde o coração está. O lar é onde, quando você precisa ir lá, eles têm que te receber. Infelizmente, também é o lugar em que, quando você entra, não querem deixar você sair."

"Agora, a aula tinha começado. O velho um-dois. Primeiro a surra, depois a foda." "Sei que você está ao meu lado desde então. E estou do seu lado. Nos damos bem na cama. Isso parecia importante pra mim. Mas também nos damos bem fora dela, e agora isso parece ainda mais importante. Sinto que poderia envelhecer com você e ainda ser corajosa." "Uma criança cega de nascença nem sabe que é cega até alguém dizer para ela. Mesmo então, ela só tem uma noção das mais acadêmicas sobre o que é a cegueira; só quem já enxergou tem uma noção verdadeira do que é ser cego. Ben Hanscom não tinha noção de ser solitário porque nunca teve nada diferente. Se a condição fosse nova ou mais restrita, ele poderia entender, mas a solidão dominava e se sobressaía na vida dele."


Cabelos de fogo como brasas no inverno. Meu coração queima. "Ele queria contar para eles que havia coisas piores do que sentir medo." "O lugar faz a notícia tanto quanto o que aconteceu no lugar. É por isso que as manchetes são maiores quando um terremoto mata 12 pessoas em Los Angeles do que quando um mata 3 mil em um país qualquer do Oriente Médio." . "Estamos todos juntos agora." "Ele não sabe que nem sempre gagueja, pensou Richie." "Acho que foi a primeira dor verdadeira que senti na vida. Não foi como eu achava que seria. Não acabou comigo como pessoa. Acho.. que me deu base de comparação, pude descobrir que ainda dava para existir dentro da dor, apesar da dor."

"O único motivo em que consigo pensar é que as pessoas voltam para o pesadelo para se encontrarem." "Eles estavam com ele, e por aquele tempo curto, a escuridão foi gentil." "Esse esquecimento... a perspectiva me enche de pânico, mas também oferece uma espécie traiçoeira de alívio. Sugere a mim mais do que qualquer outra coisa que desta vez eles realmente mataram a Coisa; que não há necessidade de uma sentinela para vigiar e esperar que o ciclo se inicie de novo." "Meu coração está com você, Bill, aconteça o que acontecer. Meu coração está com todos eles, e acho que, mesmo se nos esquecermos uns dos outros, vamos lembrar nos sonhos."


Jhenifer Souza


 
 
 

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