Guia para assassinos sobre amor e traição
- Jhenifer Souza
- 23 de out. de 2020
- 2 min de leitura

Quando recebi este livro no Turista Literário, não dava nada pra ele, mas fui muuuito surpreendida com a narrativa que encontrei.
Conta a história da Katherine e do Toby. A Kat é uma garota que deseja vingar a morte do seu pai que foi dado como traidor e morto por ser católico em uma época que era proibido seguir essa religião.
Ela se junta a um grupo de amigos do pai com um plano para vingar a morte dele e entra também em uma peça de teatro criada por ninguém menos que Shakespeare (que é um personagem recorrente dessa história e muito divertido), porém ela precisa fingir que é um garoto para que possa participar da peça que iria homenagear a rainha Elizabeth I.
Já Toby é um espião da rainha que tenta descobrir todo e qualquer plano que possa ameaçar a vida dela. Ele também se junta a peça de Shakespeare e vira amigo de Kat, achando que se trata de um garoto.
O livro traz diversas discussões interessantes e questionamentos da época. Fala muito de escrita (que eu adoro), seu lugar no mundo, propósito na vida. Recomendo muuuuito.
"Para um rato, queijo é queijo. Por isso as ratoeiras funcionam. E elas funcionam: várias e várias vezes. Se aprendi alguma coisa em minha posição, é que não há nada mais enganoso que o óbvio."
"Assinto, porque eu sei. Amei as palavras e as odiei, mas nunca fui indiferente a elas. Passei os últimos anos a temê-las, o modo como têm o poder de dar vida a coisas que você sente, coisas que são mais seguras se deixadas sem nome."
"Este é Tobias Ellis. Toby. Ele é um dos novos atores da última de Shakespeare. Costumava ser escritor, mas caiu em si. Um rosto como este pertence ao palco; não se esconde atrás de páginas."
"Tenho cuidado para não chamá-la de liberdade, porque este não é um mundo que dá liberdade facilmente, não sem tomar algo em troca."
"Você me disse que queria liberdade. Então estou lhe dando a minha."
"Mas não é a mesma coisa que eles fazem conosco? Eles nos perseguem, tornam nossa religião ilegal, matam nossos padres, e então fazemos a mesma coisa com eles? Você não pode simplesmente se vingar de alguém fazendo a mesma coisa que fizeram com você."
Jhenifer Souza
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