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As garotas madalenas

  • Foto do escritor: Jhenifer Souza
    Jhenifer Souza
  • 13 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

Leitura de agosto do @clubedolivroautentica. Gostei da história, achei muito pesada, mas apreciei ainda mais que Um Banquete para Hitler.

Sinopse: Dublin, 1962. Dentro dos portões do convento das Irmãs da Sagrada Redenção opera uma das Lavanderias de Madalena da cidade. Outrora um lugar de refúgio, as lavanderias haviam evoluído para sombrios reformatórios de trabalhos forçados. É para lá que a jovem Teagan Tiernan, de 16 anos, é levada pela família, depois de ter sido transformada em personagem de uma intriga que também envolvia um jovem e belo padre. Convivendo com mulheres "em desgraça" – mães solteiras, prostitutas, menores infratoras – e garotas comuns, cujos únicos pecados se resumiam a serem bonitas ou independentes demais, Teagan faz amizade com Nora Craven, uma jovem rebelde que pensava que nada poderia ser pior do que sua miserável vida familiar. As duas jovens se tornam reféns da Madre Superiora e de suas punições cruéis – sempre em nome do amor. Entre fracassadas tentativas de fuga, Teagan e Nora vão descobrir como é árduo o mundo exterior, principalmente para jovens de reputação arruinada. "O caminho era iluminado pelas luzes das residências e das lojas; guiaria-se por elas. Talvez o sentimento de esperança que elas lhes proporcionavam persistisse até ela encontrar o caminho de volta para casa." "Eu ficaria por ela." "Isso era amor no sentido mais elevado da palavra." "As pessoas não gostam de pensar na própria morte." "Assim era a vida, pensou, ensolarada em um momento, e nublada, em outro."

"O bebê jazia inerte sobre a grama molhada. O bombeiro pôs a mão no ombro de Nora e balançou a cabeça. Nora arrebentou num uivo de dor e caiu de joelhos. E Teagan soube que, naquele grito, todo o bem, todas as razões para viver, tinham se esvaído da alma de sua amiga." "Talvez esse capítulo da história da Igreja não tenha sido explorado como um assunto tão incendiário quanto os escândalos de abusos sexuais de padres por causa da natureza dos “crimes” das Madalenas. As meninas e as mulheres sob esse regime de servidão eram, em sua maioria, categorizadas como “mulheres perdidas”. Será que nossos preconceitos culturais foram usados para punir essas mulheres? Elas tiveram o que mereciam, muitos dizem. Meninas e mulheres foram enviadas para as lavanderias simplesmente por serem consideradas mentalmente inadequadas ou por serem muito bonitas, muito atraentes e, assim, induzirem o pecado com sua aparência. Outras acabaram lá por promiscuidade ou envolvimento com prostituição." "Uma vez encarcerada, a reputação da mulher geralmente era arruinada. Eles se tornavam, de fato, prisioneiras dentro e fora de sua estrutura."



Jhenifer Souza

 
 
 

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