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A pequena sereia e o reino das ilusões

  • Foto do escritor: Jhenifer Souza
    Jhenifer Souza
  • 12 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Vi muitas críticas negativas sobre esse livro, algumas positivas também e, como sempre, fiquei curiosa para ler e tirar minhas conclusões. O livro é baseado no conto ORIGINAL da pequena sereia (e não na animação da Disney), escrito pelo Hans Christian Andersen. Ele nos apresenta Gaia, uma sereia que sonha em conhecer o mundo dos humanos e entender o que de fato aconteceu com sua mãe (que possuía esse mesmo fascínio). Os acontecimentos da história incomodam MUITO, com o machismo escancarado, as injustiças... Este foi, com certeza, um dos livros mais incômodos que eu já li, aquele de dar raiva mesmo, em muitos momentos. É desesperador ver as coisas que a protagonista (e suas irmãs) se submete a fazer por causa do interesse amoroso. O final nos dá um pouco de esperança, no entanto é bem pouco mesmo, na verdade eu queria que tivesse um desenvolvimento maior acerca dos personagens e das consequências do que eles fazem. O livro poderia ter algumas páginas a mais. Seria muito bem-vindo. "Meu nome é Ceto. É o seu pai que tem insistido em me chamar de 'bruxa'. Este é simplesmente um termo que os homens dão às mulheres que não têm medo deles, às mulheres que se recusam à submissão." "Por que eu ficaria ofendida? Ser chamada de gorda não é um insulto, pequena sereia. É tão sem sentido quanto ser chamada de magra. São meras descrições. Foi seu pai quem considerou esta uma palavra negativa e um jeito negativo de ser." "É incrível como fui presunçosa ao abrir mão da minha voz; e quão pouca importância eu dava a ela. Desde que fui silenciada, tudo o que quero é poder falar."


"Eu nunca me importei com beleza. A beleza se esvai, não há fidelidade nela. Minha mãe me dizia que era melhor cultivar minha perspicácia, minha inteligência. Se eu tivesse tido uma filha, teria dito a mesma coisa para ela. Eu teria feito dela uma mulher forte. Uma mulher precusa ser forte para sobreviver." "Adoráveis - como uma criança. Os homens nunca são chamados de adoráveis. Eles são logo estimulados à maturidade. Ao passo que nós somos obrigadas a nos comportar como garotinhas quando adultas; emanando juventude em nosso vestuário e em nossos gestos. É irônico, na verdade, sendo que passamos a infância nos esforçando para parecermos adultas antes do tempo." "Até vir para o mundo humano, eu nunca havia percebido como é maravilhoso não sentir nada." "Começo a me questionar se quando chamamos uma mulher de louca não devemos também avaliar a pessoa ao seu lado e ver o que o sujeito andou fazendo para levá-la à insanidade." "Ele foi mediano apenas. Muito preocupado com o próprio prazer, e incomodado por eu não ter demonstrado estar achando tudo uma grande honra. A fragilidade masculina pode ser cansativa às vezes, não é?"



Jhenifer Souza

 
 
 

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